segunda-feira, dezembro 30, 2002

Chegou a hora!!! Última semana do ano, não há mais o que ouvir, só nos resta fazer as nossas listinhas... como foi um ano muito prolífico para a música e muita coisa boa foi lançada, criei uma lista de “quases”, sem ordem de preferência. Eis então as minhas listas de Melhores e Piores do Ano (uma eu posto hoje, a outra, amanhã, se der):

MELHORES ÁLBUNS DO ANO:

01 – You Can´t Fight What You Can´t See - Girls Against Boys - Não é porque é minha banda de rock preferida que ela está aqui, mas sim porque cometeu seu melhor álbum desde o fantástico House of G*V*S*B*, voltando para o básico "dois baixos" ou “baixo + sintetizador”, num selo pequeno (Jadetree), som cru e também o que de mais sexy se ouviu este ano. Trilha sonora pra fuder de verdade. Fuder mesmo, não fazer amor.

02 – Songs For The Deaf - Queens of The Stone Age - Além de compor o melhor single de 2002 (No One Knows), conseguiu mostrar que o Dave Grohl tem mais é que mandar o Foo Fighters pro saco e continuar baterista, porque é aí que ele comanda (não quero dizer que FF é ruim) e que tem muita banda dando mole em não alistar o Mark Lanegan pro vocal. Perfeito!!

03 – The Eminem Show – Eminem – O rapper branquelo provou mais uma vez que, apesar da roupagem pop e de disputar vendas com Britney Spears, faz um rap de qualidade, com letras virulentas e agressivas, muita ironia e batidas (a cargo de Dr. Dre) impossíveis de deixar alguém parado. It feels so empty without him...

04 – Turn On The Bright Lights – Interpol – Joy Division + The Smiths + Gang of Four + The Fall. Comparações esdrúxulas, já que as bandas originais são intocáveis, mas foram, pelo menos, bem ouvidas e assimiladas por estes rapazes de New York City, a melhor das bandas com sabor de anos 80 a debutarem neste ano.

05 – See This Through And Leave - The Cooper Temple Clause – Reading não só produz bons festivais como gera bandas inconformadas como esta, que não cedem à tentação fácil de fazer uma guitar band britânica como mais 10.000 idênticas e incorporam sem saturação a música eletrônica em seus poderosos riffs de guitarra;

06 - Source Tags And Codes - ...And You Will Know Us By The Trail of Dead – o grande álbum não-ouvido do ano. É muito fácil se apaixonar pelo AYWKUBTTOD à primeira audição ou ao primeiro show assistido (nos últimos 2 anos, já assisti a 3 deles), mas é difícil quebrar a barreira de “alternativa” construída pela própria banda. Nunca vão estourar de verdade, mas merecem tocar pra sempre.

07 - Read Music/Speak Spanish – Desaparecidos – Num ano em que o movimento emo estourou no mundo inteiro, o melhor álbum do gênero veio desse geniozinho de 21 anos, Conor Oberst, que deixou a choradeira meio chata do Bright Eyes pra montar essa banda ao mesmo tempo nervosa, melódica, de canções gritadas e sussurradas na mesma proporção.

08 - Nada Como um Dia Após Outro Dia - Racionais MC's – Das quebradas do Capão Redondo aos bailes da Zona Leste, a melhor banda de rap do Brasil mostrou que não recebeu esse título à toa. Cada vez melhor na produção, este álbum duplo até poderia sofrer uma lipo, mas cada excesso é perdoado por faixas como “Jesus Chorou”, melhor canção do ano.

09 – Black City – Division of Laura Lee – Este ano, a Suécia nos deu muitas bandas boas, mas o Division... coloca até os Hives no chinelo. Dando margem a provar que certos modismos não geram apenas bons primeiros álbuns e mais nada, vejo longevidade nestes caras, se continuarem com seu punk pop contagiante;

10 – Phrenology – The Roots – Finalmente, eles mostraram a que vieram. Depois de álbuns meia-boca, cometeram esta verdadeira festa rock-rap, com “The Seed 2.0” (cover de Cody Chesnutt), uma das músicas mais estou-passeando-de-conversível-em-Venice-Beach-com-uma-puta-do-lado da História desde “Summertime”, do Sublime & The Pharcyde e “Deeper Shade of Soul”, do Urban Dance Squad.

"QUASES":

Wiretap Scars – Sparta
Heathen – David Bowie
Original Pirate Material – The Streets
In Search Of... – N.E.R.D.
Kittenz and Thee Glitz – Felix da Housecat
Under Construction – Missy Elliott







domingo, dezembro 29, 2002

DAQUI PRA FRENTE, NADA VAI SER DIFERENTE


A história da minha vida. Desde quando meninas deixaram de ser aquelas coisinhas irritantes que puxavam seu cabelo e choravam pro professor cada vez em que você batia nelas. Desde quando você descobriu que as curvas e os peitinhos que brotavam na sua colega de classe eram mais interessantes do que curiosos, mas interessantes de uma maneira que você não conseguia explicar, que fazia o coração bater mais acelerado e os primeiros sinais de que algo só podia estar errado começavam a aparecer (“socorro, estou virando pedra!!!!!”). Desde quando não era mais suficiente você conversar de escola, matérias, provas e do uniforme, que estava longe de se tornar mero fetiche. Desde quando a menina da turma anterior me disse, aos 11 anos (eu com quase 12) que estava a fim de mim, num dos mais secos e cruéis diálogos de minha convivência com o sexo feminino:

Após o Recreio:


Eu: - É verdade que você está a fim de mim?
Menina: - É.
Eu: - ...

(cinco minutos de silêncio)


Menina: - É só isso que você queria dizer?
Eu: - É.


(mais dois minutos de silêncio)


Menina: - Então tchau...
Eu: - Tchau...

Foi isso. Nenhum beijo cinematográfico. Nenhum sinal de felicidade estampado nos nossos rostos. Dois coelhinhos assustados. E nunca teria sido tão fácil, como ali, sem necessidade de frases mirabolantes e cantadas sedutoras. Mas nada aconteceu. Nem ali, nem nunca. Eu era quase um autista no que se tratava de meninas. Amava-as secretamente, mas era incapaz de dizer. E quando dizia, tinha escolhido errado o momento e estragava tudo.

Frustração. Tive muitas antes de começar a incorporar essa palavra em meu vocabulário. O grito dos tímidos, dos nerds (muito antes de conhecer sequer esta gíria, na minha época era CDF), dos vou-passar-a-noite-inteira-olhando-para-aquela-menina-mas-nem-penso-em-ir-falar-com-ela-mesmo-que-ela-esteja-acessível, o tipo de grito em freqüência que nem cachorros conseguem ouvir.

Na verdade, eu pertenço ao MST: Movimento dos Sem-Timing. Em ocasiões certas, com as frases certas, mas sempre pras meninas erradas. Ou vice-versa. Dislexia da paquera. Elaborar um roteiro digno de Festival de Cannes pra uma cantada inócua em uma ignorante sem senso de humor, ou comportar-se feito um bobo frente à mulher dos seus sonhos. Tratar com desdém e tirar sarro de alguém e vê-la apaixonada por você no dia seguinte. Fórmula Infalível da conquista: Quanto menos, mais; quanto mais, menos. Fácil. Funciona. Mas por que eu quase não consigo aplicar? Escrúpulos. Síndrome do homem bonzinho. Sede demais. Ou porque ela aplicou primeiro em você. Mas sem-querer.


Ser criado em subúrbio. Zona Rural. Todos te conhecem. Você conhece todos. Você cresce, mas não tem a oportunidade de mudar. Seu rótulo, seja qual for, vai acompanhar você aonde quer que vá. Não importa quanto tempo demore pra voltar, todos vão te tratar da mesma forma. Se não voltar, todos vão falar de você da mesma forma (Lembra-se de Fulano, aquele maconheiro/viado/bobão/pega-ninguém/freak/palhaço?), a não ser que você tenha sido gordo/magrelo/feio/qualquer coisa e tenha mudado radicalmente. Não interessa o quão bem-sucedido, a loser is always a loser.


A gente passa cada 10 minutos após uma grande esnobada pensando em “ah, um dia todos vão ver” ou antecipando a grande transformação que certamente sofreremos em breve, de nada/ninguém pra popstar/astro de cinema/super-herói, quando teremos a oportunidade ímpar de promover a Justiça Divina e devolver com sobras o “não” que acabamos de receber. Ou de voltar aos seus iguais após anos de ausência e esperar uma fanfarra no centro da cidade, com todos aqueles (aquelas, principalmente) que nunca ligaram, ajoelhados no chão, a exclamar “Ó, Vossa Foditude!!!! Sois o fodão de todos os fodões!! Estivestes certo todo o tempo!!!”, ao invés do mais freqüente “fuck off!!” silencioso, não-pronunciado por todos em uníssono.

James Ellroy Style:

Casa da Matriz. Quinta-feira.
Cheia. Não lotada ainda. Mas vai.
Meninas – poucas, umas atraentes, outras não. Bebo minha cerveja. “Skol Beats tem mais álcool e vem mais gelada” – digo ao André.
Na pista, o punk comanda. Tributo ao Clash. Joe Strummer: morto. 50 anos. Rude Boy. Antes ele do que eu.
Cara de triste: nenhuma das meninas faz o meu tipo.
De uma sombra sentada no sofá, ela se levanta, stylish, vem pra pista dançar.
Minha respiração para por dois segundos.
Rachel.
Nossa, há quanto tempo.
Seis anos, o cabelo já passou por várias metamorfoses diferentes, de castanho claro curto até preto Chanel, loiro falso, voltando ao preto, mas sempre com estilo. O namorado, sempre o mesmo.
Mas, nesta noite, ela estava só.
Inexplicável, a minha fixação nesta menina.
Bonita:sim, com certeza, mas nada estonteante.
Idade desconhecida, em torno dos 23.
Olhares se cruzam. Não é a primeira vez. Aliás, nossos olhares sempre se cruzaram, inúmeras vezes. Eu sei que ela sabe. Ela sabe que eu sei. Mas, curiosamente, só trocamos umas dez palavras em todo esse tempo, em rodas de amigos. Amigos em comum, temos vários.
Inexplicável, a minha fixação nesta menina/mulher.
Inexplicável como ainda não fui falar com ela.
Inexplicável como estava prestes a desperdiçar mais esta oportunidade. Sozinha. Sem namorado. Dançando no meio de amigos. Rindo e olhando pra mim.
FALAR COM ELA –
Não, nenhuma associação com o Almodóvar. Quisera eu ter sangue latino.
Uma música toca, eu falo com o Fernando, atrás dela. Ela vira, ávida pra responder, mas percebe que não foi com ela que falei. Mais um momento desperdiçado.
Eu: bobo, medroso, o menininho de 11/12 anos do diálogo patético renasceu das cinzas.
Ela: olhando de vez em quando, esperando talvez algo (ou não, vai saber...)
Eu: Mil coisas na cabeça (não iria dar certo, amigos em comum, todos conhecem o namorado, ele vai aparecer a qualquer momento, eu vou falar alguma besteira, eu vou apanhar no meio da pista, ela vai rir da minha cara, ela é chata e só fala asneira..)
Quase cinco: desisto. Ou melhor, nem começo. Outra vez, outro lugar (outro eu...) Who Knows?
Ainda espero que um texto idêntico a este sobre mim esteja em algum Blog por aí...




Meu Top Ten 2002, atualizado? Só amanhã, malandro...

segunda-feira, dezembro 23, 2002

DE COMO RESOLVI ATUALIZAR MEU BLOG PORQUE BANDIT TEM UM TUMOR NOS TESTÍCULOS Eu explico. Bandit é o meu cachorro. Ou melhor, um dos meus cachorros. Ou melhor ainda, um dos cachorros do meu irmão, que ficam na casa dos meus pais, em Big Field. Hoje à tarde, após uma visita ao veterinário, já que o saco do pobre cão estava do tamanho de uma bola de boliche, descobriu-se que ele, provavelmente, tem um tumor e vai ter que dar adeus à sua bolsa escrotal, que deve ser retirada em Janeiro. Quando eu li uma notícia semelhante sobre o comediante americano Tom Green, um cara que consegue ser mais sem graça do que o pateta Adam Sandler e que era noivo da quebrete da Drew Barrymore na época, me pus (STP) a rir, tamanha a ironia de tal enfermidade num cara que usa a escatologia como humor. Mas no caso do Bandit, fiquei consternado, embora conformado com a sua possível morte e lembrei que, entre tantas coisas pendentes, precisava atualizar esta merda de blog, ainda que ele só tenha uns 4 leitores, um deles bêbado. Segundo dizem, arrancar o seu saco, além de suspender a produção de testosterona, como faziam os Castrati, cantores de ópera na antiguidade, vai cortar o seu tesão. Não sei o quanto de verdade tem nessa afirmação, nem se tal desgraça se aplica aos animais. Só posso dizer que isso seria um golpe mortal para o pobre Bandit, um cachorro que foi um dos melhores reprodutores que eu já vi. Cinco ninhadas diferentes já saíram de seus testículos, duas delas com remanescentes ainda em minha casa: a Panda, sua filha, e a Sasha, filha dele com Panda, ou seja, sua filha-neta (Bandit deve ser uma espécie de cão grego, cuja família deve ter descendido dos cães do Imperador Calígula). Condenar um verdadeiro pegador desses a uma vida de padre (eu juro que não vou fazer trocadilho com cão Pastor) é a mesma coisa que matá-lo. Sempre fui contra castração de animais, mas, neste caso, é pra tentar salvá-lo. Tudo bem, se algo bom resultou disso, é que estou atualizando esta página. Desencanei completamente de contar o que aconteceu em Reading e durante o resto da viagem. Lá se vão 4 meses, já passou muito tempo. Oportunamente, posso lembrar de algo e colocar aqui. Pra não jogar fora o que já tinha escrito, posto abaixo o trecho incompleto e faço um resuminho dos shows a que assisti. Vou colocar depois, no meu site, as fotos horrendas e distantes que lá tirei, a título de curiosidade. Eis, então: “Entrei junto com as ainda poucas pessoas naquele horário (meio-dia, sob um sol escaldante) no Carling Stage, para assistir ao show do Pretty Girls Make Graves. Com o pequeno palco bem próximo, parecia que estávamos assistindo a um ensaio. Se levarmos em conta que bandas iniciantes, mas já causadoras de impacto, como The D4, Interpol, The Datsuns e Ikara Colt, iriam tocar aqui ao longo dos 3 dias do festival, começamos a entender o que gera inveja naqueles que não puderam estar presentes. E aí eu entendo porque tanta gente me chamou de filho da puta quando eu cheguei. A banda em si é bem legal, vinda de Seattle, com um som que alterna música tipicamente indie, como uma guitar band de franjinhas, um pouco de swing e o som-gritaria que caracterizou bandas como At The Drive-In e, atualmente, Desaparecidos e o remanescente do ATDI, Sparta . Visualmente, é, no mínimo, bizarro. Um guitarrista completamente vestido como um skatista, um batera nervoso sem camisa, um baixista que parece com o Leonardo de Caprio Indie, um outro guitarrista com um black power gigantesco que era a cara do Jimi Hendrix (e tocava muito bem também, como se quisesse evocar o próprio) e uma vocalista baixinha e que cantava e se esgoelava com competência. Essa banda promete. Mas, Muito Indie, fico incrivelmente curioso em saber o motivo dela, segundo a sua opinião, ser a minha cara. Julguem vocês mesmos: Pretty Girls Make Graves Como vocês puderam notar, apesar de eu atestar que os palcos estavam razoavelmente próximos, principalmente os dois menores, A PORCARIA DA MINHA MÁQUINA ESTÁ MÍOPE!!!!! Só isso para explicar porque TODAS as minhas fotos saíram mais longe, como se eu estivesse assistindo aos shows de Londres. Bem-feito pra mim, que cisma em adquirir esses equipamentos nas lojinhas de coreanos mal-educados, que mal falam o Português, do Shopping 25 de Março. Tudo bem, só vou colocar aqui as melhores fotos. Depois eu coloco um link para uma galeria de imagens, se conseguir. Em seguida, fui conferir uma indicação de um carinha com quem troquei informações sobre acampar em Reading num fórum pela Internet: The Von Bondies. Era no segundo palco e eu não conhecia absolutamente nada sobre a banda. Qual não foi a minha surpresa ao constatar que os caras são muito bons ao vivo. “Os caras” e “as minas”, pra falar a verdade, pois eles possuem a dupla baixista/guitarrista mais sexy do cenário rock n’roll atual. EU QUERO A CARRIE E A MARCIE DE PRESENTE DE NATAL!!!!!! A banda, fui descobrir mais tarde, era de Detroit e produzida pelo Jack White, embusteiro-mor, líder dos insuportáveis White Stripes, de quem falarei mal daqui a alguns parágrafos. Pelo menos algum mérito o cara tinha que ter, não é mesmo? Quer dizer, isso foi o que achei logo que soube, mas agora, após ter ouvido o álbum inteiro dos Von Bondies, percebo que, no estúdio, a produção do mané os fez soar como uma banda de garagem vagabunda, com soul, mas sem saber tocar. E não é isso absolutamente o que acontece ao vivo, em que o som é bem limpo, mas sem perder a sujeira da distorção de guitarra e baixo. Paradoxal esta última frase, não? Pois é, ouça-os ao vivo e você entenderá o sentido. “Shallow Grave” e "Nite Train" são exemplos de músicas fodonas que, com uma produção melhor, seriam hits. Será que o Jack Shite acha que só ele e a irmã não tocam porra nenhuma? Eu achei uma boa surpresa do festival e, praticamente, a única banda a que eu assisti e não conhecia antes. Foi a vez de curtir (ou tentar) o som viajandão do Soundtrack of Our Lives no palco principal. A música Sister Surround já tinha virado hit do meu CD player há um tempão, e eu estava a fim de conferir se essas bandas suecas mereciam o hype que estão tendo na mídia. Infelizmente, o “mood” não estava muito apropriado. Era cerca de uma e meia da tarde e, com o sol queimando na lata, impossível sentar na grama e viajar... Som psicodélico é legal, no momento certo. O restante do público também não se animou muito, parecia uma banda típica de Festival Woodstock. Legal e só...” SHOW MAIS FODA DO FESTIVAL : MUSE SHOWS FODAS: STROKES, BLACK REBEL MOTORCYCLE CLUB, ...AND YOU WILL KNOW US BY THE TRAIL OF DEAD, GUIDED BY VOICES, RIVAL SCHOOLS, SPARTA, DEATHCAB FOR CUTIE SHOWS BONS: ASH, WEEZER, THE HIVES, INCUBUS, PRODIGY, PRETTY GIRLS MAKE GRAVES, CAVE IN, D4, BIFFY CLYRO, FEEDER, THE BREEDERS, ELECTRIC SOFT PARADE, THE BELLRAYS, THE VON BONDIES, JIMMY EAT WORLD, COOPER TEMPLE CLAUSE, PEOPLE UNDER THE STAIRS SHOWS RAZOÁVEIS: DANDY WARHOLS, SOUNDTRACK OF OUR LIVES, THE LIBERTINES, THE ICARUS LINE, HOGGBOY, JANE’S ADDICTION, THE ANNIVERSARY SHOWS CHATOS: CORNERSHOP, SIX BY SEVEN VI SÓ UM PEDAÇO, QUERIA TER VISTO MAIS: INTERPOL, THE DATSUNS, CAPDOWN VI UM PEDAÇO E ODIEI: WHITE STRIPES, THE KILLS QUERIA TER VISTO: PEACHES, LADYTRON, JON SPENCER, 2 MANY DJ’S, THE STREETS, IKARA COLT, THE PATTERN, INTERNATIONAL NOISE CONSPIRACY, 80’S MATCHBOX B-LINE DISASTER, PULP, SAHARA HOTNIGHTS É isso. Tem um monte de asneira que eu queria postar, algumas aventuras byronparkianas a ser contadas, mas tudo vai ser mais eventual e esporádico do que nunca. Virou lugar-comum filosofar sobre um brownie de chocolate ou fazer uma análise construtiva do último show do Objeto Amarelo ou qualquer merda dessas. Desta forma, me recuso a contar: • De como o cachorro da Gaia se chama “Cão”; • De como uma amiga minha disse a seguinte frase, sob elevado teor alcoólico: “Quero dar pra todo mundo!!!!!! Mas não hoje...” • De como Byron Parker catou a menina de Vila Matilde na Fun House, que estava a fim de um amigo dele, mas acabou dizendo: “Seu amigo é muito lerdo. Eu quero você!! E preciso de um sofá!!”, ao que o nosso herói acabou a noitada com os joelhos ralados no tapete de sua sala e foi dormir às 10 da manhã; • De como a Ilana me odeia porque a Clarah falou pra ela que eu disse que “uma menina tão bonita como ela não pode ser inteligente” (ou pelo menos ela assim o acha, já que não foi isso o que eu disse); • De como eu toquei Bon Jovi na festa do Tchelo e assustei até o Márcio Custódio; • De como há uma chance bem razoável de eu voltar pro Rio definitivamente, até o fim de julho; • De como eu já ouvi tanto “você é muito bacana / legal / gente boa / foda / gostoso / divertido” e “adoro sua voz / sua risada / seu beijo / suas piadas (essa é bem incomum)” nesse ano de 2002, que minha auto-estima está acima dos padrões leoninos de excelência; • De como uma gaúcha que eu não conhecia morou 3 semanas lá em casa;cho que volto em breve... Feliz Natal....e só... depois da ressaca e azia natalina tem mais...

sexta-feira, outubro 18, 2002

Há uma semana, estão me perguntando incessantemente porque eu não atualizo essa porra de blog. Poderia alegar "n" razões (falta de tempo, falta de saco, falta de criatividade), mas estou, na verdade, com um monte de idéias, ou melhor, a cada dia tenho um monte de idéias sobre posts inúteis e as famosas "elucubrações" do título. O problema é que quero exorcizar primeiro os fantasmas da viagem e contar tudo o que aconteceu no Festival, mas fico insistindo em me lembrar de cada passo que dei, quando as lembranças já não são tão frescas assim. Vou fazer o seguinte então: começar a contar da noite de quinta, quando cheguei à cidadezinha de Reading. Reading é tudo aquilo que eu esperava de uma cidade do interior da Inglaterra. Parece tipicamente com aqueles lugares lá na Puta que o Pariu, onde alugamos casas em 20 pessoas pra passar o Carnaval ou Semana Santa. Com a diferença de que os prediozinhos são mais novos e não há barraquinhas de cachorro-quente nas ruas. Da estação de trem, ainda deveríamos (eu e a galera do expresso das 6 h) fazer uma bela caminhada (uns 25 minutos) até o local do festival, um grande acampado ao lado de um Centro de Convenções. Com a mochilona nas costas (um peso incrível, contando com a barraca e o saco de dormir), segui a horda de adolescentes, em sua maioria, das mais variadas cores, ao nosso único destino. Exausto e cansado de espantar cambistas, adentrei o site e vi a imensa burrada que cometera: achava que não haveria muitas pessoas já no local, mas pelo número incrivelmente grande de barracas já montadas, percebi que deveria ter gente ali que chegou uma semana depois do festival do ano passado. O acampamento se perdia no horizonte e os trailers/stands de comida, bebida e outros artefatos à venda (desde camisetas de bandas até "bongs" de maconha) delineavam o caminho a percorrer até o stand de troca de ingressos por pulseirinhas, primeiro e essencial passo ao se chegar. Constatei, arrasado, que teria que pegar um ônibus, diariamente, do local onde minha barraca seria montada até o palco. Por todo o acampamento, já se começava a ingestão de bebidas alcóolicas, outras substâncias desconhecidas e, provavelmente, já tinha gente fudendo também, enquanto fogueiras mil eram acesas, everywhere. A fumaça já incomodava e eu pressentia uma estadia difícil pra este velho cansado. Entrei na fila pra pegar a tal da pulseira e, de cara, reparei nos avisos imensos sobre como as pulseirinhas não seriam trocadas se arrebentassem, sob hipótese alguma. No wristband, no fuckin’ festival... Ótimo!! Pra piorar a situação, a menina que prendeu a porra da pulseira do meu pulso colocou de uma maneira tão larga, que a pulseira chegava até a metade do meu braço antes de ficar justa. Era só o que me faltava!! Mais um motivo extra pra me estressar. Xingando, fui logo montar acampamento em qualquer canto. Andei um bom pedaço em meio à balbúrdia e só fui me lembrando das dicas colhidas na Internet, dias antes de partir: fique longe dos banheiros!! Eles fedem o dia inteiro e explodem na última noite!! Fique perto dos chuveiros!! Melhor pra tomar banho, se possível... Consegui um espacinho colado na trilha que levava à arena, longe dos banheiros, mas não muito perto do local de banhos. Armei a barraca em tempo recorde. Resolvi comprar água e mantimentos no mercadinho da rua perto do site, mesmo tendo que caminhar por uns 20 minutos. Tranquei a barraca com cadeado (nunca deixe-a aberta, nem com coisas de valor dentro) e lá fui eu. Fui pedindo informações pra achar de novo o portão principal. O tempo foi passando e eu não parava de andar entre barracas. Engraçado... não parecia tão longe na vinda. Depois de uns 25 minutos ainda rodeado de fumaça, gente estranha e lonas coloridas, percebi que tinha me perdido. Feio. Desviado do meu rumo por informações erradas ou incompreensíveis, acabei me encontrando depois de quase uma hora. Comprei o que precisava e retornei cansado e com os olhos ardendo de exposição a fumaça. Abri a lata de Dr. Pepper que havia comprado, tomei um gole e fui começar a arrumar meu saco de dormir. Antes de começar a contar o meu drama, uma salva de palmas, por favor, pra aquele que é o melhor refrigerante do mundo!!!!!!! Putz,é uma frustração só poder beber essa maravilha quando viajo pro exterior. Em compensação, não bebo outra coisa, uma vez lá... Nesta noite, entretanto, o pobre do Dr. Pepper foi meu primeiro algoz. Ao esticar o saco de dormir, senti uma coisa molhada no chão da barraca e notei que tinha, inadvertidamente, derrubado a caralha da latinha. Inteira. Desesperei-me e fui obrigado a desperdiçar um rolo de papel higiênico só pra limpar a sujeira toda. O chão ficou meio melado. Meus olhos ainda ardiam. Comecei a sentir um frio incômodo. Parecia que estavam tentando me sabotar ou me colocando à prova pra permanecer ali e encarar o festival. Mandei um foda-se bem alto e me aprontei pra dormir. Eu ainda iria enfrentar a pior provação. Mas apaguei rápido de cansaço. Frio. Muito frio. Um frio de doer. Foi o que acordei de madrugada sentindo, por mais casacos e calças de moletom que estivesse vestindo. A barraca da Paula havia ficado úmida por fora, com o sereno, ou de chuva, sei lá. Mas a umidade acabou se infiltrando, transformando meu pequeno iglu num frigobar de motel. A diferença é que eu era a garrafa de cidra vagabunda dentro. Tentei me concentrar, mas levei quase duas horas pra conseguir dormir de novo, ainda batendo o queixo. No dia seguinte, de manhã bem cedinho, fui tomar alguma coisa quente e dar um pulo no centro de Reading. O negócio é acordar bem cedo pra dar tempo de fazer um monte de coisas antes dos shows começarem, ao meio-dia. Dá pra caminhar até o centro, tomar café lá (em frente à igrejinha da rua principal, tem uma galera da Casa de Caridade local que dá café, biscoito e suco de graça), comprar mantimentos no supermercado e ainda usar algum banheiro decente. No final das contas, ou a Síndrome do Ventre Preso Fora de Casa, ou a boa e velha sorte, fizeram com que eu não precisasse usar nenhum dos banheiros podres e nojentos do acampamento ou da arena. Aproveitei também pra descolar uma lona e um cobertor. Frio e barraca molhada, nunca mais!!! Às 11 e meia, entrei na arena. Ainda estava razoavelmente vazia, mas a emoção que me acometeu foi indescritível. Meu primeiro Reading Festival!!!!! Havia o palco principal, o palco do Evening Session, onde bandas menos famosas tocariam, o Carling Stage, onde se apresentariam bandas estreantes, uma tenda de shows de comédia e a tenda onde se revezariam line-ups de música eletrônica (sexta), punk/emo (sábado) e hip-hop (domingo). Eis a programação das bandas, que, com raras exceções, foi cumprida mais ou menos à risca: Meu primeiro show eleito seria o do Pretty Girls Make Graves, uma banda de Seattle, que se apropriou do título de uma música dos Smiths. O Rafael Muito Indie tinha me dito, mais de um mês antes, que achava essa banda a minha cara. Eu queria descobrir o porquê... Mas só vou contar amanhã...

quinta-feira, outubro 03, 2002

Bom, pra quem acha que eu fico o dia inteiro coçando o saco e pensando em mulher (hummm, até que não é má idéia para amanhã...), saibam que eu finalmente criei um site para armazenar os meus Diários originais. Teve gente aí que não os leu porque não teve acesso a eles, teve gente que já leu, adorou e quer ler de novo (cerca de 99,99% dentre vocês de minha lista de e-mails) e uns míseros sacripantas que receberam, não leram, mas pretendem se redimir deste ato sacrílego e, finalmente, saborear meus divertidíssimos textos. O link pra página está na barra lateral, mas a ordenação lá não ficou lá essas coisas. Passável. Ainda estou terminando mais uma parte da minha jornada londrina, mas postarei aqui embaixo o que já escrevi, ou o parco tempo livre que me sobra não vai me deixar terminar. Ah, bem que dizem que sexo demais causa cegueira e dislexia... PARTE II: Na manhã seguinte, quando pude perceber, ao tocar do despertador que coloquei ao lado do travesseiro (7:30 h, despertar bem cedo para aproveitar mais, mandamento número um do viajante), que o australiano fazia, propositalmente, um barulho absurdo, de luzes acesas, talvez para descontar a minha entrada na noite anterior, fiz questão de demonstrar, com todos os gestos teatrais, que estava de protetores de ouvido e tapa-olhos. Se fudeu, malandro, dormi incrivelmente bem, apesar de pouco. O pior é que ele acordou os demais, que, por sua vez, devem ter ficado putos com ele. Albergue é foda. Quer paz e sossego? Vai pra um hotel. Meu grande dilema, naquele dia, era a que horas iria pegar o trem para Reading. O festival começaria na sexta, mas, se eu quisesse levar a cabo minha insana idéia de acampar lá, tinha que chegar no máximo na quinta à noite para armar a barraca (STP – Sem Trocadilhos, Please), pegar a pulseirinha para entrar na arena e fazer alguns planejamentos, sem confusão. A estação de Reading ficava a cerca de 35 minutos do terminal de London Waterloo. Vejam bem quais as questões a considerar em época de festival (e aí já vão as dicas para quem vai, assim como eu, novamente, no ano que vem): a) acomodação – o ingresso para o fim-de-semana já dá direito a estacionamento e acampamento, sem qualquer adicional. Indo para lá na quinta e voltando na segunda, você já economiza de cara as diárias do albergue (no meu caso, 15 x 4 = 60 libras). Hotelzinho em Reading, só se você reservar uns 6 meses antes e ainda vai pagar mais caro do que em Londres. Reading é do tamanho de um ovo. Já vi campi (plural de “campus”, seus burros) de universidades maiores do que aquela porra; b) transporte – a passagem de trem, ida e volta, custa em torno de 20 libras. Esse é inevitável, o mínimo que você vai gastar. Quem quiser ir e voltar todos os dias para Londres vai desembolsar mais 40 libras (considerando que só precisa ir na sexta, dia do início). E ainda corre o risco de perder ou o trem de volta ou um dos últimos shows. Os últimos trens são entre meia-noite e meia-noite e meia. Só no último dia tem trem de madrugada. Quem quis ver B.R.M.C. este ano, por exemplo, deve ter ficado a pé. São uns 20/25 minutos de caminhada do local do festival até o centro de Reading. c) Alimentação – bom, pra comer, é caro de qualquer jeito. Mas, com um lugar fixo (seja barraca ou hotel), você pode comprar mantimentos no supermercado do centro, pela manhã, alimentar-se bem antes dos shows e beliscar algo nas barraquinhas de vez em quando. A comida não é grande coisa, é mais cara do que deveria e nem passa perto de ser confiável quanto à higiene. Cerveja, forget about it. Não bebi uma só gota de álcool. O copo de 400 ml, lá dentro, era caríssimo e vinha quente. Como não fiz festa no acampamento, foi meu festival mais sóbrio até hoje. No final das contas, o que vai pesar mesmo é o conforto. Por tudo o que virei a narrar em posterior relato, acampar não foi exatamente a melhor idéia do mundo, longe disso, mas era a mais aceitável dentro das circunstâncias (falta de planejamento e pouca grana). No ano que vem, pretendo descolar algo em Reading mesmo, no conforto de uma caminha. Não tenho mais idade pra esses perrengues. Bom, decidi ir à estação de Waterloo a pé, pela margem Sul do Tâmisa, para apreciar a paisagem e conhecer os pontos turísticos de Southwark e South Bank. Comecei tirando fotos da London Bridge, bem na minha cara, e fui caminhando tranqüilamente, o que contrastava com o passo apressado dos executivos e secretárias que iam pro trabalho. Do outro lado do rio, a Catedral de St. Paul e a Torre de Londres despontavam no horizonte. Saí um pouco da margem para conferir a velha Clink Prison e o Rose, velho teatro que competia com o Globe, do Shakespeare, apresentando as peças do seu rival Christopher Marlowe. Voltando pra margem, deparei-me com o próprio Globe, ou melhor, uma fiel reconstituição, construída a poucos metros de onde ficava o original, que pegou fogo no Grande Incêndio de 1666, que destruiu boa parte da cidade. Impressionante, mas, como em todos os outros museus e atrações pagas de Londres, eu não iria pagar pra entrar. Fica pra próxima. SOBRE PRESENTES: Adoro dar presentes. Quem me conhece bem, sabe disso. Ganhar, é muito bom, mas tive experiências desagradáveis com presentes no passado, ainda fico meio ressabiado. O grande problema é que sou avesso a comemorações de aniversário. Minhas, é claro. Geralmente, fujo ou trato com indiferença, mesmo que finja me importar quando alguém se esquece. Na última vez em que dei um festão pra geral, churrascaço, 10 caixas de cerveja, aluguel de salão e tudo (foi em 1998), tomei uma porrada de graça no show do Prodigy do Metropolitan, 3 dias antes, abri a parede interna da minha boca e fiquei tomando antibiótico pra desinchar. Resultado: não pude beber álcool, nem comer direito na minha própria festa. Voltei a ter ojeriza a comemorações. Neste ano, passou quase em branco. No ano que vem, estarei na Europa. Pois bem, por mais de 2 anos, namorei o quadro abaixo: Chama-se "Kiss V" e é o quinto de uma série de gravuras de Roy Lichtenstein, americano, meu artista predileto da Pop Art. Era o que eu sempre quis pra sala do meu apê. Nunca consegui achar o formato retangular, que era o desejado, mas decidi, neste ano, finalmente, comprar o poster e emoldurá-lo. Não trouxe de Londres para não amassar. Pois é: sabem o que aconteceu? NO MEU PRIMEIRO DIA DE TRABALHO, MEUS COLEGAS MAIS PRÓXIMOS ME DERAM O QUADRO DE PRESENTE!!!! Haviam planejado isso (um grupo de 8 pessoas) mais de um mês antes, encomendado o poster do exterior e mandado enquadrar. Cara, eu nem acreditei!!! Fiquei incrivelmente emocionado...Gente, eu adoro vocês!!!!!!!! Mesmo!!!!!!!!!!!!!! putz, junto com os deliciosos brigadeiros de limão que a minha querida amiga Lilian me preparou (junto com uma cartinha de amizade pra lá de fofa), foi o único presente que ganhei de aniversário!! Agora lá está ele, onde sempre deveria estar: na parede da minha sala de estar... Juro que amanhã eu posto mais... depois da festa do Focka e do Tchelo na Funhouse... Ah, só pra lembrar:

segunda-feira, setembro 30, 2002

Putz...tô escrevendo até agora....não consegui terminar tudo, então vai ser amanhã mesmo (ou hoje à noite, para os mais rigorosamente chatos). Parei até pra ver a cópia em DivX do tal filme Tudo Para Ficar Com Ele, que tem umas cenas engraçadas, mas serve mesmo pra ver como a Christina Applegate, a ex-adolescente gostosa do Married With Children ("Um Amor de Família", passava na Bandeirantes), continua maravilhosa com 32 anos... Bom, pra não dizer que não falei nada de relevante, vai aí o meu Top 10 de álbuns de 2002, até o presente momento. Pequena observação: Rafael Muito Indie, você conseguiu..olha a décima posição...

TOP TEN 2002:

01 - You Can´t Fight What You Can´t See - Girls Against Boys
02 - Songs For The Deaf - Queens of The Stone Age
03 - See This Through And Leave - The Cooper Temple Clause
04 - Source Tags And Codes - And You Will Know Us By The Trail of Dead
05 - Wiretap Scars - Sparta
06 - Read Music/Speak Spanish - Desaparecidos
07 - The Eminem Show - Eminem
08 - Nada Como um Dia Após Outro Dia - Racionais MC's
09 - Heathen - David Bowie
10 - Turn On The Bright Lights - Interpol

Girls Against Boys:


Interpol:

domingo, setembro 29, 2002

Bom, ainda hoje estarei postando a segunda parte, tão logo eu receba umas fotos aí que escaneei e esqueci no apê da Paula. Pra quem reclamou aí que não tem sistema de comentários ou chat, não vai ter mesmo. Não admito críticas no meu próprio site. Não gostou? Vai ler outro blog....

sábado, setembro 28, 2002

Este ano, ao contrário de minhas viagens anteriores, meu planejamento prévio foi quase nulo. Já havia comprado o ingresso pro festival meses antes, logo que começou a vender, e estava com ele em mãos há quase um mês, graças às maravilhas do correio. Fora isso, não sabia de nada. Em meio à balbúrdia pela qual nosso mercado financeiro estava passando, com o dólar feito gangorra, eu aguardava ansioso qual seria o melhor dia pra comprar a passagem. Por sorte, a 10 dias do meu suposto embarque, a cotação foi baixa o suficiente pra eu fechar a compra e garantir a viagem. Mas uma superlotação nos vôos lá pelo fim do mês assegurou que eu teria que voltar antes do dia 30. Pra tentar aproveitar ao máximo, marquei a volta pra dia 29/08. Teria 8 dias pra conhecer a Inglaterra, ou seja, tirando os dias do Festival, menos de 6 dias completos pra aproveitar a cidade mais cool do mundo, Londres. E olha que eu já achava isso ANTES de sequer visitá-la. Sairia do Rio no dia 20. Confesso que teria sido mais fácil embarcar em Sampa, pois além de poder deixar o carro na garagem e pegar na volta, não havia vôo direto RJ-Londres, ou seja, faria escala em Sampa e perderia quase 2 horas à toa. Mas não podia passar o aniversário fora do RJ, ainda mais nesse aniversário em especial, em que encerraria mais um ciclo de minha vida, ou seja, a minha melhor década. É uma coisa cármica minha, não dá pra explicar. O fim-de-semana que antecedeu a viagem foi muito tumultuado. Por conta da festa em que toquei (como DJ, claro), só pude voltar pro RJ no domingo de manhã. Era um compromisso assumido semanas antes e que eu estava empolgado pra cumprir, pois seria minha volta às carrapetas em grande estilo, já que as aniversariantes em questão (era uma festa de 18 anos de duas meninas) não pouparam na produção da festa. Um galpão enorme construído só para o evento, num casarão no Alto de Pinheiros, iluminação digna de Free Jazz, telão, quadro de Van Gogh na pista, aparelhagem de som e luz de primeira e a responsabilidade de entreter convidados dos mais variados gêneros musicais. Graças à indicação de meu camarada Edinho, DJ da Bunker e que era a escolha original das meninas, mas, obviamente, tem seus compromissos profissionais pra cumprir no sábado, pude tocar de todos os estilos, desde Madness até Marilyn Manson, de James Brown a The Hives, de Buzzcocks a Madonna, de Groove Armada a Sonic Youth, que era o que as duas queriam pra festa. Foi cansativo (toquei de 10 da noite até quase 6 da manhã), mas extremamente gratificante. As meninas disseram que adoraram e a pista não ficou vazia um só segundo. Mesmo com alguns chatinhos pedindo trance e "mais techneira", acho que a maioria ficou satisfeita. Espero tocar de novo. Não deu pra fazer nada no Domingo e a passagem pro meu aniversário foi em branco. Meus amigos já sabem da minha notória aversão a festas de aniversário e só ligaram ou mandaram e-mails. Minha noite de segunda foi reservada pra um encontro particular com uma menina aí, vocês não precisam saber dos detalhes, deixem de ser enxeridos. Fui dormir às 5 da manhã e me preparei para a maratona do dia seguinte. Arrumar a mala, ou melhor, a mochilona carinhosamente emprestada pela minha camarada Paula, assim como a barraca de camping e o saco de dormir que eu usaria no Festival, foi um suplício. Isso porque eu tive que me livrar de parte das roupas que planejava levar, aliás, sábia decisão, pois eu não viria a precisar de todas elas mesmo. O sábio conselho que um "backpacker" havia me dado numa lista de discussão pela Internet se fazia verdadeiro: "Separe as roupas que você pretende levar e jogue metade delas de volta pra gaveta". No final das contas, junto com a pequena mochila pros passeios urbanos e meus guias de viagem, a bagagem foi bem leve. Tive que socar tudo dentro pra caber, mas acabou fechando. Durante a viagem em si, nada de emocionante. Sem contratempos, tranqüila e pontual, além de confortável, nada a acrescentar. Tirando o fato de que preteri todos os filmezinhos que passavam nos canais a assistir (Monstros S.A., o novo do Ben Affleck, Spiderman, entre outros) pra rever um clássico de minha juventude: Os Goonies. Escutei mais um pouco do ótimo álbum novo do David Bowie, "Heathen", que estava em um dos canais de música, e fui dormir. Só despertei no café da manhã. Mal-aproveitado, por sinal, pois estava sem coragem pra abandonar minha dieta forçada de leite e derivados, enquanto estivesse viajando. Saindo da aeronave e trocando algumas palavras com um rapaz da companhia aérea que discorria sobre o verão não tão quente da Inglaterra, percebi que meu inglês tinha tomado um formato inteiramente britânico no que se trata de sotaque. Engraçado, pensei, devo estar falando assim para tornar mais confortável para o ouvinte, já que há anos, bombardeado pela música e cultura ianque, a minha pronúncia é totalmente americanizada, mesmo com a minha formação de Cultura Inglesa. Por mais interessante e sexy que pareça o sotaque britânico, ainda me sinto mais à vontade falando como os americanos e ouvindo-os falar . Além de compreender melhor, é mais fácil de se expressar. Dirigi-me à esteira de bagagem e reparei que realmente estava bem frio para um verão, cerca de 18 graus. Os momentos passados na esteira de bagagem, à espera da sua, são alguns dos mais angustiantes na vida de uma pessoa. Por um capricho do destino, não importa a hora em que tenha feito o "check-in", minha bagagem sempre é uma das últimas a chegar. Cada minuto parece uma hora. No momento em que ela finalmente aparece (até hoje não tive o desprazer de ter uma mala extraviada), já fiz mentalmente incontáveis planos de emergência sem roupas para vestir. O grande problema nessa viagem em particular é que eu não tinha endereço fixo, ainda iria procurar um "hostel" (albergue) para ficar. O Felipe e a Juliana, dois amigos do RJ, já estavam lá e me deram a dica do 1st Contact em West Kensington, uma rede de albergues. Se a Imigração inglesa, temida como uma das piores do mundo, perguntasse, era o endereço de lá que eu daria. Bom, ou meu charme funcionou com a menina que me atendeu, ou então eu fui bem convincente, porque ela só me perguntou o que eu iria fazer lá e quantos dias iria ficar, e me mandou prosseguir. Mochila presa às costas, rumei para o metrô, após catar uns trocentos panfletos grátis com mapinhas, planos de transporte e endereços em Londres. Achei a estação de West Kensington no mapa e tracei meus planos. Adquiri um Travelcard, que é mais vantajoso porque vc pode usar no mínimo por um dia inteiro em quantos ônibus e trens quiser e sai bem mais barato pra quem pega muito transporte. Travelcard: Londres é cara, muito cara. Só pra quem ganha em libra ou tem a moeda valorizada, não parece, mas pra quem tem que juntar quase 5 reais pra adquirir uma libra esterlina, quaisquer 20 centavos dóem. Um almoço no McDonald's, descobriria eu, sai mais caro do que uma refeição legal numa churrascaria de São Paulo. Até uma garrafa d'água custa mais do que um Big Mac no Brasil. Imagina uma diária em hotel. Por sorte, esperava conseguir algo em torno de 15 libras pela diária no albergue, que já pagaria um bom hotelzinho em Sampa (cerca de 70 reais). Não deu outra. Saí do metrô em West Kensington, após ter conhecido minha primeira paisagem em Londres, de estações abertas na periferia, ou seja, nada de se chamar a atenção. Quando saio da estação e vou atravessar a rua, vejo alguém me acenando: é o Felipe. Puta que o pariu!!!! Que concidência!! Nem se a gente tivesse combinado, seria tão perfeito. Trocamos algumas palavras e fomos pro albergue. Infelizmente, não tinha mais vaga. A menina conseguiu me arrumar uma vaga na filial de London Bridge, que era meio distante dali, mas mais pertinho das principais atrações e da região central. Beleza. O albergue era em cima de um pub, o Elusive Camel, mas o que tinha lido da região do South Bank não era muito acolhedor. Ao chegar, vi que não era nada disso, era uma regiãozinha bem simpática, com um certo glamour londrino, mais residencial, e tinha uma puta vista da London Bridge. O tal pub, aliás, estava mais para um Sports Bar, aberto, moderninho e limpinho. Com a mochila já pesando enormemente nas costas, finalmente me instalei. O albergue era bem pequeno, mas não estava muito cheio e acabei ficando num dormitório para 8 pessoas (quatro beliches), mas ocupado por mim e mais três caras. As meninas ficavam em quartos separados. Parecia bem limpinho e recentemente remodelado, o que me agradou bastante. O armário disponível não era grande, mas serviria pra guardar algumas coisas pessoais. Claro que eu não deixaria dinheiro ou passaporte neles, andavam sempre comigo, num cinturão especial para esse fim que ia amarrado à minha cintura ("money belt"). Coloquei a mochilona debaixo da cama e comecei a arrumar a mochila menor que usaria para fazer minhas andanças. Como já era horário de almoço lá, só me sobraria a tarde para conhecer alguma coisa. Meu Albergue/pub: Meu quarto: Fui direto ao básico. Peguei um ônibus e fui admirando as locações enquanto rumava ao Covent Garden, no Centrão. De cara, só conseguia ficar de boca aberta ao ver pela primeira vez os prediozinhos vitorianos, os ônibus de 2 andares, as cabines telefônicas vermelhas, as ruas e esquinas como que saídas de uma vilazinha de smurfs, enfim, pouco me faltava para eu requerer cidadania inglesa, em apenas meia hora de passeio. Tate Modern Gallery, OXO Tower, IMAX Cinema, Ponte de Waterloo, London Eye, Big Ben e Parlamento, de longe, essa era a minha vista no trajeto do ônibus. De cair o queixo. O Covent Garden é uma área na região Central de Londres que mais parece um centro de lazer para turistas. Com várias lojinhas e pequenos mercados circundando uma imensa praça, a Piazza, no meio da qual um grande mercado em forma de galeria, o Central Market, se destaca, por todo o lado se vêem artistas de rua se apresentando para ganhar um trocado, turistas mil tirando fotos, se divertindo em cordas elásticas, comendo nos inúmeros cafés espalhados ou comprando lembrancinhas nas lojinhas mais transadinhas, pelo menos pra quem gosta de artigos de hippie ou se amarra em trance. Tudo muito legal, mas os prediozinhos vitorianos que circundavam a praça, os velhos teatros e galerias de arte eram muuito mais estonteantes. Fui descendo as ruazinhas tortuosas até chegar à Strand, a via principal, e rumei pra Trafalgar Square. A Trafalgar Square é aquela praça que já foi vista em milhares de filmes ambientados em Londres, com um obelisco no meio, duas fontes ornamentais e ladeada por estátuas de leões. À frente, a suntuosidade do Admiralty Arch. Atrás, a National Gallery, principal museu de arte de Londres. Apreciei por alguns instantes um grupo de ninfetas (espanholas, pelo sotaque) tirando fotos nas estátuas, suspirei, resignado com a minha condição de ancião tarado, e segui em direção ao museu, cuja entrada era de graça, ou seja, imperdível para um mendigo brasileiro em potencial em Londres. Ficar confinado em um ambiente fechado era demais pra mim no meu primeiro dia na City, após contemplar toda aquela vista externa monumental, logo, não me tardei a apreciar as obras clássicas. Alguns quadros de Rafael, Michelangelo e um creditado a Da Vinci e me dei por satisfeito. Subi a Charing Cross Road, rua lateral e que atravessava o Soho. Sendo também a região das livrarias (de novos e usados), assim como no filme “Nunca te vi, sempre te amei”, com Anthony Hopkins, que se chamava, obviamente, “84 Charing Cross Road”. Dobrei na Leicester Square, apinhada de turistas e indivíduos com cara de meliantes e segui até a Picadilly Circus, principal praça de Londres, a Times Square de lá, cenário mais notório pelo passeio do lobo humano em “O Lobisomem Americano em Londres”, clássico absoluto!!!!! Fui subindo a luxuosa Regent Street em direção à Oxford Circus, ponto central do cruzamento com a Oxford Street, a rua das compras, uma espécie de 25 de Março de Primeiro Mundo. Tenho que confessar, naqueles momentos em que me vi contemplando a arquitetura londrina, as pessoas, os carros e “double-deckers”, juro que esqueci tudo. Esqueci o dólar alto, esqueci que tinha um emprego no Brasil, esqueci que estava doente do estômago, esqueci que não tinha namorada, esqueci meu pai, minha mãe, minha família, meus amigos. Senti-me sozinho, conectado com o mundo, sem fronteiras, sem limites, sem pudores (bom, isso eu nunca tive) e com a certeza de que eu nunca iria deixar de desbravar o mundo e fazer contato com outras culturas. Foi uma espécie de epifania, uma negação aos valores provincianos que minha criação suburbana tentou me enfiar goela abaixo, mas não conseguiu, frente à minha natureza cosmopolita. Depois de um bom tempo entrando em lojinhas, mesmo sabendo que a minha POBREZA iminente não me permitiria comprar porra nenhuma, e após uma passagem pelo Easy Internet Café pra conferir quem eram os fariseus que haviam se esquecido do meu aniversário, resolvi voltar ao pub/albergue, pra tomar um banho e pegar uma baladinha, pois a noite começa e acaba cedo. Mais acostumado com o luxuoso metrô, cujas escadas rolantes imensas têm plaquinhas laterais que te dizem pra ficar do lado direito, pois o esquerdo serve para ultrapassagem dos apressadinhos, não tardei em retornar ao meu beliche, após passar na lojinha de conveniência (cujos donos também eram árabes/indianos, como TODOS os donos de deli em Nova York, o que me leva a pensar que a Al-Qaeda poderia passar mais despercebida se envenenasse donuts e bagels) e comprar o meu jantar. Aliás, acho que só entrei em restaurante, durante toda a minha estadia na Inglaterra, umas 3 vezes. No meu quarto, havia, naquele dia, um australiano e dois neo-zelandeses. Os três eram mochileiros também e pareciam boa gente e de famílias ricas, muito embora eu não confiasse na segurança dos meus bens pessoais nem se estivesse dividindo o quarto com o Papa e Bill Gates. Por sorte, todos eram simpáticos e não ficavam puxando conversa o tempo todo, evitando as respostas lacônicas e semi-grosseiras que eu costumo dar quando cansado e/ou atrasado pra um compromisso. Eu conseguia conversar com o australiano, cujo nome não me lembro, agora juro que não entendia uma só palavra do Inglês que os caras da Nova Zelândia falavam, a não ser seus nomes, Travis e Blighton (acho que era isso). Depois do meu segundo “ahn?”, achei educado e conveniente fingir interesse e procurar adivinhar se as frases dirigidas a mim tinham o tom de pergunta, afirmação ou necessidade de anuência. Se fosse pergunta, ainda tinha que saber se a resposta deveria ser do tipo “sim/não/talvez” ou algo mais específico. Em qualquer caso, ou eu fui muito bem-sucedido ou eles devem estar rindo até hoje do brasileiro maluco, que respondia “é, acho que vai chover hoje” à uma pergunta sobre a beleza das mulheres brasileiras. Pena que as meninas não estavam no quarto junto com a gente. Bom, resumindo o resultado da minha primeira noite em London, só acabei indo conferir a tal boate The End (na qual eu só entraria na segunda seguinte), onde estava rolando uma festa do DJ Fabio (aquele que tocou com o Grooverider), de drum’n’bass, mas parecia deserta, efeito mais sombrio realçado pela ruela escura onde ela se localizava. Dei um pulo num pub do Soho pra tomar uma Beck's, mas não fiquei mais do que 40 minutos, pois o público era de mauricinhos e o som era uma merda. Fui dormir. Já no hostel, fiz barulho ao entrar no quarto. Acho que acordei o australiano. Ele pareceu puto. Assim terminou meu primeiro dia... amanhã conto mais, com alguns shows e fotos....tenham paciência...
A coisa mais difícil para alguém que gosta de escrever e está inativo há algum tempo nesta função é definir a primeira frase de seu novo texto. Por incontáveis minutos, fiquei a admirar a anatomia da minha Bic azul, simples, prática, eficiente e prosaica, desde a tampa com marcas de mordida, passando pelo tubo com seu furinho quase na metade, cujo motivo de existência já me explicaram e eu esqueci, algo a ver com a necessidade de entrada do ar, até a tampinha do fundo, que a gente sempre tira com a boca na sala de aula e deixa cair no chão, pra nunca mais achar. Faz tempo que não sei o que é uma sala de aula, mas ainda me recordo. Achei que nunca fosse conseguir escrever a primeira linha. Estava certo. Joguei a caneta no lixo e sentei-me ao teclado do computador. Chega de frescura...vou postar logo a primeira parte dessa porra...
Ao som de "Love Burns", do Black Rebel Motorcycle Club, escrevo estas primeiras linhas daquele que é o meu projeto mais ambicioso dos últimos tempos, pelo menos de que tenho notícia, dentro do meu universo particular de loucura, egocentrismo e pretensão, dias depois de adentrar a minha quarta década de existência. É, meninas, já não sou mais brotinho, tenho um 3 na casa da frente... Pra dar uma idéia da indecisão que me acomete e do tamanho da pulga atrás da minha orelha ao digitar palavra por palavra, apenas cinco linhas e os acordes iniciais de "Red Eyes And Tears", segunda faixa do "álbum da minha vida" deste ano, já se fazem ouvir.
Não que um blog, mesmo que eu não o considere propriamente como tal, seja algo de inédito ou altamente empreendedor, mas vindo de mim, filho de uma "drama queen" legítima (quem conhece minha mãe sabe a minha herança) e envolvendo qualquer coisa que trate de Byron Parker, sabe que, além de fazer um tempinho que eu não escrevo algo, costumo envolver de pompa desnecessária qualquer acontecimento banal e corriqueiro. E escolhi a minha recente viagem a Londres e presença no Reading Festival para iniciar o meu Diário de Byron Parker virtual. Pra quem conhece meu estilo (ou falta absoluta de um), sabe o que vem por aí. A idéia é escrever mais periodicamente do que eu o fazia, mas também em menos intensidade e tamanho, o que sempre pareceu incomodar quem se dispunha a ler meus textos, por mais interessantes que fossem. E não preciso de meu orgulho leonino pra reconhecer que "interessante pra caralho" é o adjetivo mínimo que se poderia atribuir a eles...mas deixemos de modéstia... Não sei mexer muito bem com essa coisa de site, sei muito pouco de linguagem html e congêneres, mas vou procurar dar uma cara apropriada pra este blog. Aos poucos, tentarei imprimir meu toque pessoal a esta página, mas, por enquanto, vocês vão ter que se virar com as minhas palavras mesmo e o que quer que eu consiga colocar de fotos. Ainda estou carregando a maioria via ftp no hpg, mas já posso colocar algumas..
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