quinta-feira, janeiro 30, 2003

NÃO TENHO TUDO O QUE AMO, NEM AMO TUDO O QUE TENHO, MAS TUDO O QUE TENHO ME AMA

Femme Fatale. Brian De Palma. Rebecca Romijn-Stamos. De Palma de volta à boa forma. Sensual. Excitante. Voyeur até a raiz dos pentelhos. Rebecca Romijn-Stamos. Roteiro enxuto. Reviravoltas. Surpresas. Travellings de câmera. Cortes e ângulos de câmera inusitados. Tela em split com cenas simultâneas. De Palma gênio. Rebecca Romijn-Stamos. Cena inicial mistura Olhos de Serpente com Missão Impossível. Ambos De Palma. Melhor pupilo de Hitchcock. Um Corpo Que Cai com Janela Indiscreta. Provocante. Trama envolvente. Erótico. Quem liga pro final? PUTA QUE O PARIU: Rebecca Romijn-Stamos!!!

Assistam já!! E, rapazes, deixem suas namoradas em casa!!! Aquele strip/lap dance perto do final é de destruir casamento!!!



fim de mês... deadlines... posts curtos... fetiches para todos os gostos: Garotas nuas enchendo balões , Garotas nuas com pernas engessadas e Garotas nuas com tattoos e piercings (sweet!!!) ...

Minha trilha sonora da semana: Placebo – Sleeping With Ghosts, Zwan – Mary Star of The Sea e Cave In – Antenna.

Detalhe: nenhum dos álbuns saiu ainda... eu já tenho... Zwan, pra quem não sabe, é a banda nova do Billy Corgan e do Jimmy Chamberlin, ex-Smashing Pumpkins...

terça-feira, janeiro 28, 2003

DEVAGAR COM O ANDOR, QUE O MEU SANTO É DA BARRA


Cheiro do palito de fósforo quando risca.
Esfregar os dedos num tapete felpudo.
Comer um saco inteiro de mini-croissants.
Ouvir a respiração dela no meu ouvido, dormindo.
Dor na barriga de tanto rir.
Uma platéia te aplaudindo.
O arrepio na espinha logo antes de gozar.
Olhar no relógio e ver que ainda faltam duas horas pra se levantar.
Um "sim" logo após um "não".
Beastie Boys ao vivo.
Dormir mais de 8 horas.
Massagem nos pés.
Qualquer coisa feminina, o toque, o cheiro, a maciez da pele, a voz.



Tudo de que preciso me lembrar pra afastar da minha mente a vontade de MATAR O FILHO DA PUTA QUE ROUBOU MEU GUARDA-CHUVA NA PADARIA!!!! UM GUARDA-CHUVA QUEBRADO, AINDA POR CIMA!!!! NO MEIO DO TEMPORAL!!!



meu ombro dói...não sei se é o ombro que suporta o Byron anjinho ou o diabinho... eles estão brigando... amanhã eu conto...

sexta-feira, janeiro 17, 2003

COMO ERA GOSTOSA A MINHA RUSSA

Quando Olga Svetlana veio ao mundo, há cerca de 20 anos, seus pais estavam em uma situação desesperadora. A crise do comunismo na Rússia já se fazia visível e o mundo inteiro assistia a quem mais perdeu com a Guerra Fria em sua duração e estava perto de se afundar, anos mais tarde, com a glasnost. Boris Svetlana, pai de Olga, era lenhador nas florestas da pequena cidade de Minsk, de onde tirava o sustento da sua pequena e pobre família. Ou parte dele, pelo menos. Tão logo a noite caía, Boris trocava de roupa e transformava-se em Laika, a Cadela de Vladivostok. Laika era transformista e fazia o maior sucesso nos bares de strip do centro da cidade. Depois de muito vender o seu roskoff na Praça Rasputin, Laika decidiu que a ardência diária com que amanhecia não compensava os poucos rublos que arrecadava. Sabia que em Cuba, outro reduto comunista empobrecido, com um tubo de creme dental e uma barra de chocolate, você comia uma mulher. Com um kit de banho completo, a Miss Cuba era sua. Na Rússia, a pobreza ainda não tinha alcançado essa proporção, mas não eram raras as vezes em que voltava pra casa com uma garrafa de vodka em mãos, ao invés de moedas, e as pregas em chamas.

Numa fria tarde de outono, enquanto separava a extração de madeira do dia para o processamento, Boris cantarolava “If I was a Rich Man”, completamente surdo aos gritos de seus colegas naquele momento. O imenso tronco de carvalho atingiu-o em cheio. Olga, ainda na barriga da mãe, não chegaria a conhecer o pai.

Quando Olga nasceu, uma semana depois, Boris (ou o que sobrou dele) já havia sido enterrado e a família estava sob os cuidados da Companhia Madeireira Smirnoff, até que a pensão estatal fosse concedida. Apesar de suficiente para a sobrevivência de Olga e sua mãe Katerina, esta queria que sua filha deixasse Minsk quando crescesse e fosse buscar a vida no Ocidente. Logo, precisava de mais dinheiro. Não demorou e Katerina assumia, tão logo Olga desmamou e pôde ser cuidada por uma babá, a velha identidade de Laika, tão famosa na pele de seu falecido esposo. Com algumas coisas a menos. Trinta e dois centímetros, para ser mais exato. Mas ninguém reclamou. E assim a família Svetlana foi levando nos Urais. Katerina levava nos Urais e nos Anais.

A infância de Olga foi um tanto quanto complicada. Privada da presença masculina dentro de casa e incentivada pela mãe, que nunca arrumou outro homem (fora os clientes), a pobre menina crescia com um certo medo dos homens, estas estranhas criaturas de trombas entre as pernas. Mesmo na escola, não dirigia a palavra aos meninos de sua classe ou brincava com eles. Quando tinha 10 anos, seu vizinho Ilya, um moleque sapeca, enfiou a mão por baixo de sua saia. Quando tocou lá, Olga lhe dirigiu um confuso olhar, como se não soubesse bem o que ele estava fazendo. Meio que aguardando o próximo passo, também movida pela curiosidade, ela não tirou a mão dele de sua perestroika. Até que o menino resolveu enfiar o dedo. Olga deu um grito e, segurando com força o lápis com que desenhava em seu caderno, cravou-o na outra mão de Ilya, bem no centro, atravessando a palma, como o vampiro Jerry Dandridge em A Hora do Espanto . Ilya nunca se recuperou do incidente. Nove anos mais tarde, já na faculdade de cinema, durante uma exibição de “Um Cão Andaluz”, de Buñuel, Ilya, desesperado, olhando pro buraco em sua mão, começou a ter alucinações e a gritar “As formigas!!!! As formigas!!!!” e se jogou pela janela do sexto andar, indo virar obra surrealista na calçada.

Olga cresceu sem jamais ter namorado. Beijou alguns meninos em festas do colégio, depois de algumas doses de vodka, mas nunca passava da fase de “mãos nos peitinhos”. Embora soubesse da profissão da mãe, nunca sentiu familiaridade com o sexo. Até que um dia, ao completar 18 anos, resolveu que já estava na hora de dar. Mas decidiu dar em grande estilo. Antes, passou noites olhando pelo buraco da fechadura do quarto de sua mãe, assistindo-a em pleno ato com os clientes. Tão logo os olhos arregalados de susto deram lugar ao semblante de acostumada com bizarrices e perversões, pegou o primeiro trem pra Moscou e foi se encontrar com Piotr Grushenko, jovem magnata da indústria de peles, de 30 anos, com quem vinha se correspondendo pela Internet, numa sala de chat clandestina. Ela era Young_Pussy_34. Ele, John_Holmes_Cover.

O primeiro encontro dos dois ocorreu normalmente, como manda o figurino: jantar caro à luz de velas, colar de brilhantes de presente, conversa romântica, vinho tinto e ralação no sofá, ao som de Portishead (esse estereótipo barato de clima pra sedução também era comum na Rússia). Então, os dois se empolgaram. As roupas foram ficando pelo caminho entre a sala e o quarto e Olga resolveu colocar em uso o que havia visto a mãe fazer. Mas a prática é bem diferente da teoria e Olga acabou, literalmente, indo com muita sede ao pote. Enquanto demonstrava os prazeres da fellatio para Piotr (este com um sorriso bobo na cara), Olga não conseguia se decidir se engolia ou se cuspia. O momento da decisão final chegou e ela ainda continuava na dúvida. Com os olhos esbugalhados (e a boca cheia), ficou estática por uns três minutos. Resultado: sua língua colou no céu da boca. A operação para desfazer o estrago foi simples e relativamente indolor, apesar de ter durado mais do que o necessário, já que o cirurgião não conseguia parar de rir. Dali em diante, tudo o que Olga ingerisse passaria a ter gosto de cola tenaz com água sanitária (copyright by Clarah Averbuck).

A relação de Olga e Piotr foi se deteriorando, pela falta de sexo. Olga achava que, se resolvesse dar outra vez, alguma outra coisa de ruim aconteceria, que iria quebrar a mandíbula quando gozasse ou aleijar Piotr definitivamente, sei lá, baaaad mojo... Seis meses depois do incidente, Piotr teve uma idéia e levou Olga para conhecer Londres. Passearam bastante e divertiram-se, mas nada de fuder. Piotr resolveu, então, durante uma sessão de ralação em que voltou pro hotel com o pior caso de blue balls* da História, “dar um perdido” em Olga e, na manhã seguinte, voltou pra Moscou sem ela. Quando soube que fôra abandonada, sem dinheiro pra pagar uma diária extra, somente com sua passagem de volta, Olga entrou em parafuso com seu pobre destino. Conseguiu um vôo para o dia seguinte, mas, esgotada e triste com a solidão, não tinha onde dormir. Andando pelos arredores da London Bridge, entrou no pub Elusive Camel pra tomar uma pint e esquecer da vida. Ainda tinha libras suficientes e tickets de metrô, mas precisava de uma cama. Quando soube que o andar superior alojava um albergue, decidiu ficar por ali mesmo. No calendário pregado na parede, a data era 20/08/2002. No Rio de Janeiro, Byron Parker arrumava sua mala pra viagem, com 30 anos completados na noite anterior, depois de uma madrugada de fudelança desenfreada.

Quando Olga deitou-se no beliche, pensou se, ao voltar para Moscou e depois, Minsk, ainda conseguiria vislumbrar um futuro feliz. Lembrou que tinha lido num texto da Internet , uma vez, que a única coisa certa e duradoura na vida era a eficácia do filtro solar (ou coisa parecida) e conseguiu dormir mais serena. No dia seguinte, pegou suas coisas no pequeno armário e partiu pra estação de metrô, em direção a Heathrow e de volta pra casa. Ao dobrar a esquina, não reparou no jovem brasileiro com uma mochila enorme nas costas, ofegante e cansado, que também nem percebeu a existência da jovem e problemática russa.

No dia seguinte, ao retirar seus rolos de filme do pequeno armário que tinha pertencido, até há pouco tempo, a uma certa menina da terra dos bolcheviques, na correria rumo a Reading, Byron Parker levaria junto, sem saber, um rolo que não lhe pertencia, de alguém que ele não conhecia. E se algum bêbado se aproximasse num pub do Soho e se oferecesse para contar a triste história de Olga Svetlana, que queria dar, mas não conseguia, Byron, no mínimo, balançaria a cabeça e dar-lhe-ia as costas. Ao chegar em casa, então, revelaria as fotos da viagem e encontraria, no meio, estranhas imagens que ele não tirou, gente que ele nunca viu e paisagens que não visitou, como estas abaixo:





O enigma permanece. Quem será Olga? Terá ela existido? O que aconteceria se tivesse encontrado Byron? E o que me leva a crer que ela ainda permanece virgem?

* blue balls - ralar, ralar, ralar e não chegar aos finalmente. Suas bolas incham e doem. É horrível. E só resolve, por mais humilhante que isso possa parecer, no 5 x 1, tão logo se chegue em casa.

sábado, janeiro 11, 2003

SOBRE SER OU NÃO UM NERD E TER SUPER-PODERES Será que eu realmente sou um nerd? Vejamos os fatos. PORQUE EU SOU NERD: 1) Tenho certa dificuldade em me aproximar de meninas– Depende. Às vezes, sim, às vezes, não. É como eu já disse, o que atrapalha nem sempre é a timidez, mas o “bad timing”. E eu conheço pessoas que odeiam computador, escutam pagode e também são tímidas com o sexo oposto; 2) Eu tenho um Blog– Bom, ter um blog é um bom pré-requisito pra ser um nerd, porque pressupõe que você vai passar algum tempo em frente ao computador e conhece pessoas que também vão, ao menos pra ler as besteiras que você escreve. Mas, por outro lado, você tem gente conhecida como o Alysson Gothz e o Adriano Butcher , que com certeza não são nerds e têm blogs bem freqüentados; 3) Eu sou viciado em música/cinema/livros– Tenho um certo conhecimento nesses campos que é acima da média, mas eu poderia ser um aficcionado como o Patrick Bateman, de Psicopata Americano e seria charmoso o suficiente para conquistar mulheres e ter fama; 4) Gosto de quadrinhos de super-heróis– Já gostei mais. De alguns anos pra cá, eu realmente parei de comprar, mas tenho tudo o que saiu da Marvel e DC de 83 a 94, pelo menos. Hoje, não prendo a respiração se o Arqueiro Verde do Kevin Smith saiu nas bancas (pra falar a verdade, nem comprei ou vou comprar); 5) Uso óculos e era CDF na escola– Sim, eu uso (ou deveria usar sempre), mas só para dirigir e ler à noite. Meu irmão também é míope, mas pega onda, malha e gosta de Lulu Santos e the Calling. Quanto a ter sido CDF, sim, eu era, não nego, nem tenho argumentos do contrário. Foda-se. PORQUE EU NÃO SOU UM NERD: 1) Odeio videogame– É verdade. Nunca gostei de videogame, sob que forma vier: Playstation, Master System, Sega, jogos de LAN House, de computador, enfim, N-Ã-O-G-O-S-T-O-D-E-V-I-D-E-O-G-A-M-E!! O último que tive foi um Atari. Sério. Ainda gosto de jogar, às vezes, pitfall e River Raid no emulador que baixei, mas enjôo fácil. Pinball me atrai mais. Ah, e tenho um Telejogo lá em casa. Não funciona, mas penso em consertar. Lembram do Telejogo? Uns pauzinhos toscos batendo uma bola quadrada em 8 esportes diferentes? Então...esse da foto aí embaixo foi o primeiro a sair... a minha versão é mais completa: 2) Não gosto de Sandman– Não precisa dizer, Alan Moore rules e Sandman sucks; 3) Não curto os Simpsons– Oooohhhhhhhhhh!!!!!!!!! Que sacrilégio!!! Que profanação!!!! Que desenho meia-boca!!!!! South Park dá de mil... 4) Não tenho vontade de assistir ao Senhor dos Anéis mais de uma vez– Li os livros há uns 10 anos, gostei bastante e os dois capítulos do filme são muito fodas, mas é isso aí. Já vi ambos num cinema fodão, não precisa mais, pelo menos até sair o DVD. Ainda estou enrolando pra assistir à versão extended da primeira parte que o Preacher me arrumou.. 5) Não assistia a Caverna do Dragão quando era mais novo– olha, esse desenho era insuportavelmente chato!!! Eu juro que assisti a He-man e Thundercats, mas Caverna do Dragão não dá!!!! 

quinta-feira, janeiro 09, 2003

Eu tenho uma relação de amor e ódio com Sampa. Minha primeira vez aqui foi naquelas excursões de sétima série pra Playcenter, Cidade da Criança, Simba Safári e tal. Eu e meus colegas de turma fomos tratados igual a vermes pela molecada paulista. Tinham medo de que a gente fôsse roubar as meninas deles (olha só, eu com 13 anos, o mais pega-nínguem do planeta), diziam que éramos malandros, enfim, vocês sabem da rixa. Minha impressão, junto com o visual lixão que pudemos contemplar, foi a pior possível. Quando eu escolhi fazer o concurso pra cá, em 1997, foi por achar que tinha mais chances, pois o número de vagas era o triplo do RJ. Tinha um pouco de curiosidade também, pois sabia o quanto a noite de São Paulo era falada, principalmente no meio roqueiro de que eu já fazia parte. Uma simples questão de unir o útil ao também útil. Eu ainda não enxergava nada de agradável em São Paulo. Quando eu me mudei pra cá de vez, não conhecia absolutamente nada nem ninguém na cidade. Dividia um apart-hotel com um colega de trabalho que também mal conhecia, mas compartilhava comigo a sensação de carioca perdido e, mesmo já instalado em um apê decente, após um ano, o mesmo em que me encontro agora, completei 2 anos sem fazer amigos aqui, exceto os colegas de profissão. Saía à noite, aproveitava ao máximo, mas ficava a sensação de que eu era um simples turista, eu não pertencia ali. Nesse ínterim, eu passava a descobrir coisas boas de Sampa. As baladas (demorou pra eu parar de falar "night") roqueiras e de hip-hop eram muito animadas e em número bem maior do que as cariocas. Elegia a Vila Madalena como santuário. Transitava pela Avenida Paulista fascinado com os prédios. Ia à Galeria do Rock e outros muquifos escondidos exercer meus instintos consumistas. Mas também reclamava do trânsito infernal, do frio escroto do inverno, da poluição e da sujeira, das pessoas que a todo momento me perguntavam espantadas se eu era carioca, como se eu fosse um pinguim em Copacabana. Com o tempo, muito tempo, por sinal, comecei a fazer amigos, conhecer as pessoas, ser conhecido. Sinto orgulho de ter me tornado, nos ambientes que frequentamos, o "Carioca". Simples. Prosaico. Mas nem sou o único nascido no Rio, o que confere ao título um grau de "I'm the man!!" Hoje, adoro-os indiscriminadamente, junto aos meus amigos do trabalho e, no momento em que a noite paulista não é mais aquela (de uns 2 anos pra cá), posso fazer com eles nossas próprias baladas. E o meu trabalho não é menos importante aqui. Por conta de características regionais e arrecadatórias e da competência de quem trabalha comigo, ele assumiu uma qualidade e um potencial que eu acredito não poder encontrar ao exercer a mesma função no Rio. Mas isso não importa, agora. Porque eu venho, de um ano pra cá, me lamentando a cada vez que volto do Rio pra Sampa. Poder desfrutar da diversão e da proximidade da maioria dos meus amigos e da minha família em apenas 2 ou 3 dias, com prazo de validade, transformou-se em tortura. E eu vi que era hora de voltar. Voltar a comer pizza com ketchup, sem que ninguém reclame ou me olhe de cara feia. Voltar a usar chinelo pra ir ao shopping perto da minha casa, sem causar espécie. Voltar a não ter a pele seca e escamada, o saco reduzido a uma uva-passa, nem o queixo batendo por causa de frio, mesmo que isso signifique suportar 42 graus no verão. Voltar a percorrer 50 quilômetros em perímetro urbano em apenas 45 minutos. Voltar a querer sair mais de casa. E passar a fazer coisas novas, como correr de manhã na orla e na Lagoa, ver o pôr-do-sol na praia, curtir a Prainha numa segunda-feira, final de tarde, tomar água de côco, fazer tudo aquilo que é o estereótipo do carioca e que, quando criança, eu achava que iria fazer no futuro. Eu gosto de ser branco assim, embora nunca tenha sido. Se eu, há cerca de 2 anos, já cheguei a pensar em constituir família em São Paulo, peço desculpas à Cidade Maravilhosa por tamanha profanação. O filho pródigo volta em breve. Mais sábio, mas não menos pervertido e menos carioca. De São Paulo, guardo as lembranças e os amigos, que visitarei constantemente e espero que me visitem e me deixem mostrar porque voltei. Basta uma caminhada do Leme ao Leblon, um percurso de trem da Central a Santa Cruz, um passeio de carro de Grumari ao Pontal... eles vão entender... O mais simbólico, talvez irônico, deste evento foi que o calendário marcava 08/01/1998 quando cheguei em Sampa pra morar. Exatos 5 anos ontem. Mesmo dia em que recebi a notícia de que iria voltar, definitivamente. As coisas comigo acontecem assim. Quase predestinadas e eu ainda me surpreendo e balanço a cabeça, rindo. I should have known... EU VOU VOLTAR!!!!!!!!! JULHO, RIO, CAPITAL... 6 MESES E CONTANDO...

quarta-feira, janeiro 08, 2003

E coloquei um novo site meter no blog, o que zerou a contagem...
E acabei de escutar o melhor CD de 2003 não-lançado ainda, "100th Window", do Massive Attack...
E vou continuar a baixar álbuns antes de serem lançados e filmes em imagens pixeladas e som ruim pra assistir no computador antes de estrearem e contar o final pros amigos, porque eu sou sem-graça mesmo e acabei de entrar pro rol das Pessoas Más ...
E descobri que doideira tem limite na Igreja de Jesus Cristo Elvis ...
E amanhã vocês vão conhecer a História de Olga Svetlana e o Free Spanking...

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