domingo, abril 27, 2008

RAPTURE - II

Sentado com amigos em Sampa, decidindo se rumamos aos últimos resquícios dos shows da Virada Cultural ou ruminamos os restos da festa de aniversário que teima em se estender desde o fim desta tarde de sábado, lembro-me de que prometi atualizar esta merda em breve e prometo cumprir a malfadada promessa tão logo chegue ao Rio, sob pena de pregar meu saco com tachinhas na mesa da sala. Ou então isto é produto da bebedeira ainda recente e eu estou relevando o fato de não haver leitores desta merda e fazendo promessas sem sentido.

terça-feira, abril 15, 2008

MI BUENOS AIRES QUERIDO - PARTE I - INSIGHT E PREPARAÇÃO

Foi uma decisão consciente em alerta máximo e tão óbvia que eu não sei como não tinha aparecido antes: para quê uma segunda viagem à Recife, no Abril Pro-Rock, se eu poderia viajar a BsAs por um pouco mais (em passagens) e gastando muito menos (em comida, frivolidades e hospedagem)? Desde o ano passado eu planejava conhecer a terra dos portenhos e já havia comprado guias a respeito e lido várias reportagens dizendo o quão barato era para nós no momento.

Porém, parecia que viagens internacionais sempre me traumatizavam no sentido financeiro, em que levo meses para me recuperar do efeito inefável de minha sanha consumista no estrangeiro. E desde o fim do ano passado não ando em condição de fazer muitas extravagâncias por conta de despesas de filho pequeno do meu velho carrinho. Foi preciso colocar no papel para ver que dar um pulo na Argentina continua, sim, muito barato, e assim permanecerá enquanto o dólar continuar baixo, já que é o lastro do peso. As piores previsões para nós, em notícias que li no Clarín, elevariam o dólar a R$ 1,85 ao fim de 2008, o que não é uma porrada tão grande.

Mas vamos ao que interessa. Tendo trocado a passagem na Gol de Recife para Ezeiza (aeroporto de BsAs), paguei apenas uns 120 reais de diferença. As tarifas de ida e volta ficam em torno dos 500 reais (com escala em SP), mas as taxas de Ezeiza são caras, uns 70 dólares, o que eleva o preço final. A Varig não era muito diferente. Eu diria que com uns 650 reais e uma boa antecedência, dá pra se comprar tranqüilo uma boa passagem de ida-e-volta, com taxas, em horários decentes e uma viagem total de no máximo 4 horas de duração.

Primeiro passo dado, restou-me procurar onde ficar. Viajar sozinho sempre foi tricky para mim. Preços de hotéis são caros para solteiros e só me restavam albergues ou hostels mais arrumadinhos, com talvez alguma opção razoável de quarto separado. Como eu não queria um pacote e estava disposto a ficar uns 5 dias na cidade, optei por seguir a (ótima) dica de uma revista de viagem: alugar um apê.

No site ByTArgentina você tem diversas opções de aluguel semanal, com preços que variam de pouco mais de 100 dólares até 600. Sim, os preços são cotados e cobrados na moeda americana. Com uma boa estudada do mapa da cidade e de repente um prévio conhecimento, você consegue uma ótima oferta. Coisas a considerar:

a) tempo de estada - para mim, 6 noites de hospedagem jamais sairiam por menos de 240 dólares num hostel decente, minha opção constante no exterior, tendo em vista a idade avançada e a falta de paciência com perrengues desnecessários. Se eu viajasse com mais 1 ou 2 pessoas, então, nem preciso argumentar, não?

b) região de preferência - sou alternativo, adoro estar cercado de ambientes descolados e com uma acessibilidade de trânsito de razoável a boa. Não havia dúvida nenhuma, desde antes de pisar o pé lá, de que eu iria querer ficar em Palermo Viejo. Os preços na região de apês disponíveis variavam de 230 a 500 dólares. Uma pechincha.

c) compras - sim, você vai comprar. Muito. Pelo menos mais do que poderá carregar na única mala que trouxe. O que transforma um albergue inseguro numa péssima opção. Com Ipod, laptop, câmera e outros apetrechos que levei, a segurança de se deixar tudo trancado em casa foi fundamental. E isso porque eu ainda não te contei sobre o cartão de débito. Aguarde.

d) Buenos Aires é plana - quase não há ladeiras e as rotas que interessam são facilmente cobertas a pé, metrô e, claro, o baratíssimo táxi portenho. Logo, visualizar no mapa onde está o apê pode não significar nada em termos de precisão de distâncias. No fundo, o preço e as condições dele (no site tem fotos bem honestas) vão ser cruciais.

Escolhido o lar, na esquina de Thames com Guatemala, duas ruas-chaves da região de Palermo Soho, subdivisão do Viejo, onde se concentram os designers e artistas, fiz a reserva pelo site. Primeira observação: o pagamente é em dólar e exige depósito, ou seja, você tem que levar o dobro da quantia. Este lhe será integralmente devolvido ao final do período, se não houver danos ao apê. No momento da reserva, uma taxa de US$ 35 debitada no cartão de crédito, pois, afinal, o site é um intermediário entre você e o dono do apê. Eles pedem que se leve o dinheiro do depósito em separado. Anote o número de série das notas para conferir depois se serão as mesmas devolvidas. Precaução nunca é demais.

O contato com Mariano, da ByTArgentina, foi rápido, a negociação fechada no mesmo dia e a reserva feita, com instruções dadas. No site também é possível se reservar táxi para levá-lo de Ezeiza para o apê, por 85 pesos. FAÇA ISSO!!! Uma falha de comunicação me fez acreditar que haveria um táxi me esperando e o engano e decisão de pegar um dos motoristas enganadores de Ezeiza quase me fez me fuder bonito (depois conto). Se não rolar pelo site, peça no e-mail para o Mariano (ou quem mais atender) arrumar um para você.

Uma observação: se você vai passar 2 ou 3 noites em BsAs, considere um pacote de viagem com seu agente preferido, pois não só a passagem pode sair mais barata como você vai pagar um preço só pela hospedagem em um hotel razoável. Todas as dicas que eu dei aqui em cima são, obviamente, mais em conta para viajantes independentes em estadas maiores.

Findas as preparações, restou aguardar o embarque.

Parte II em seguida.

segunda-feira, abril 14, 2008

BSAS

Em breve, uma espécie de guia de Buenos Aires, com dicas, relatos, furadas, fotos e conclusões. Mais tarde, a primeira parte.

terça-feira, abril 01, 2008

BORRACHO

O Fabrik resolveu não colaborar comigo hoje e, em tempo curto de finalização de trabalhos pra poder viajar em paz, não vai rolar de fazer a playlist da semana. Fiquem com a da semana anterior e com a mixtape do B.R.M.C do último post.

Agora só posto de Buenos Aires. O apê alugado supostamente tem wi-fi, então vai ser mais fácil. Minhas impressões sobre a cidade, dicas, desventuras e os relatos sobre os shows do B.R.M.C. você acompanha aqui.

Enquanto isso, em homenagem, meu blog traduzido para o portunhol.

Hasta luego.
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