COFFEE BREAK
Interrompendo momentaneamente o meu trabalho tedioso no computador, estava me coçando pra postar isso aqui. De repente, de quatro dias pra cá, vários amigos me perguntam o que vou fazer pro revéillon, quais meus planos, se vou pra praia, pra alguma festa. Pessoas, eu realmente não sei, nem quero saber. Eu não sei se é normal, uma vez que ainda faltam mais de 40 dias pro Ano-Novo, mas, sinceramente, não me vejo fazendo planos, seja pro Natal, Ano-Novo, Carnaval ou qualquer coisa que passe de, no máximo, três dias pra frente.
Descobri que agora vou viver do presente, o futuro não importa, porque não é certo mesmo. Expectativas muito altas só levam a decepções maiores. Não seria a ironia máxima se todos chegássemos a um ponto da existência onde achávamos já ter então realizado sonhos, nos descoberto, captado o sentido de nossas vidas, só pra perceber que muita coisa foi inútil, em vão? Patético, não? Não estou falando de mim, mesmo, é só mais uma das elucubrações do título deste blog. Pode acontecer com qualquer um. A busca por um sentido, um significado, só funciona a título de fé, de crença, muitas vezes cega, que pode ludibriar as pessoas durante o caminho percorrido. Não foi Lacan quem disse que os sonhos e ambições têm que ser absurdos, às vezes, pra que as realizações comuns da vida (encontrar alguém, arrumar emprego, casar, ter filhos) não causassem insatisfação, uma vez ocorridas? Então, pra que buscar por algo que não existe quando já se tem? Pra que se importar? Da mesma forma, fazer planos pra quê? Não quero constatar isso quando tiver 80 anos e minha vida estiver no fim, quero vislumbrar isso agora, hoje.
Sempre achei que tudo tinha um motivo e minha existência no mundo devia-se a um significado especial. E se não for assim? E se eu estiver fazendo hora extra no mundo? Quão insignificante eu me sentirei se chegar ao fim da vida e não tiver feito diferença em absolutamente nada? Por isso não me preocupo mais. I just don't give a fuck. E, sinceramente, quem estiver ao meu lado e não estiver nessa sintonia, que se foda.
Meu revéillon? Ah, na semana do Natal eu digo.
segunda-feira, novembro 10, 2003
I NEED A BREAK, I NEED A BRAKE
Preciso parar esse fim-de-semana que não acaba nunca. Não agüento mais sair, beber, fazer coisas e continuar me divertindo. Eu não deveria estar me divertindo. A perspectiva dos próximos 7 dias também não me atrai, é balada atrás de balada. Festa da Cavídeo-Maldita-Casamento-Matriz-Bunker-Loud!, eu não tenho mais 20 anos!! E não consigo parar!! Há três dias que, chegam três da manhã, meu corpo se sente como se tivesse passado as últimas 48 horas numa rave trance com a mente cheia de bala. Ontem, Festival Hutus, lotado, bombando, ambiente agradável e tranqüilo, após o freak show do BNegão (o outro vocalista me fratura o tornozelo em pleno palco e o show continua rolando com o cara lá caído, cercado de equipe médica com maca e tudo), entra o MV Bill, um cara fodaço, com uma puta presença de palco, melhor do que 5.000 rappers paulistanos, faz um show do caralho e eu só consigo pensar na minha caminha. Flashback pras festas de Natal em família, com 6 anos, geral se divertindo e eu caindo pelas tabelas, resmungando "queroimbora!!!!", assim, desse jeito.
Hoje, Empório, mesa dos losers deprês (virou rotina de Domingo), quando a conversa generalizada começa a descambar pra tamanho de pau (a maioria na mesa era retumbantemente feminina) e congêneres e surge a seguinte frase no ar: " - Ah, mulher também tem de várias larguras, já saí com patricinha, carinha de princesa e, na boa, dava pra bater palminha dentro", você percebe que já é hora de ir pra casa...
A conta, por favor!!! Estou confeccionando meu adesivo com nome completo e a frase "Desovar em: Rua Dona Mariana,..."
Preciso parar esse fim-de-semana que não acaba nunca. Não agüento mais sair, beber, fazer coisas e continuar me divertindo. Eu não deveria estar me divertindo. A perspectiva dos próximos 7 dias também não me atrai, é balada atrás de balada. Festa da Cavídeo-Maldita-Casamento-Matriz-Bunker-Loud!, eu não tenho mais 20 anos!! E não consigo parar!! Há três dias que, chegam três da manhã, meu corpo se sente como se tivesse passado as últimas 48 horas numa rave trance com a mente cheia de bala. Ontem, Festival Hutus, lotado, bombando, ambiente agradável e tranqüilo, após o freak show do BNegão (o outro vocalista me fratura o tornozelo em pleno palco e o show continua rolando com o cara lá caído, cercado de equipe médica com maca e tudo), entra o MV Bill, um cara fodaço, com uma puta presença de palco, melhor do que 5.000 rappers paulistanos, faz um show do caralho e eu só consigo pensar na minha caminha. Flashback pras festas de Natal em família, com 6 anos, geral se divertindo e eu caindo pelas tabelas, resmungando "queroimbora!!!!", assim, desse jeito.
Hoje, Empório, mesa dos losers deprês (virou rotina de Domingo), quando a conversa generalizada começa a descambar pra tamanho de pau (a maioria na mesa era retumbantemente feminina) e congêneres e surge a seguinte frase no ar: " - Ah, mulher também tem de várias larguras, já saí com patricinha, carinha de princesa e, na boa, dava pra bater palminha dentro", você percebe que já é hora de ir pra casa...
A conta, por favor!!! Estou confeccionando meu adesivo com nome completo e a frase "Desovar em: Rua Dona Mariana,..."
sábado, novembro 08, 2003
E AS INJUSTIÇAS CONTINUAM...
Numa época em que a cena alternativa está repleta de poseurs, sejam eles indies, punks, rockers, metaleiros, não importa, gente que só sai à noite pra se mostrar e ser visto, não dando a mínima para a música que estão ouvindo ou o público que divide o mesmo espaço físico com eles, é uma ingrata e triste notícia a decisão da direção da Bunker de limar dos sábados a Eletroboogie, do Edinho. Se assim querem perpetuar a burrice já existente, parabéns, vocês conseguiram.. Mas não há de ser nada, que a Eletroboogie é mais duradoura e já está aí há muito mais tempo do que a Bunker. Logo, logo, ela terá outro lar e aí sim seremos felizes de novo no sábado. Enquanto isso, hoje tem Festival Hutus no armazém n. 5 do Cais e sábado que vem, Loud! especial no MAM, com Guitar Wolf e Autoramas!! Jeto genelation!!!!!!
NO MEU PLAYER
em alta rotação nesta semana:
311 - Evolver - Uma de minhas bandas preferidas acabou de lançar seu melhor álbum desde Transistor, de 97. Deixando um pouco de lado as viagens de Soundsystem e From Chaos, eles retomaram o som pesado de riffs grudentos e continuam mostrando sua trademark inconfundível. Mudar pra quê?
Killing Joke - Killing Joke - A nova empreitada do KJ após sete anos de inatividade recrutou Dave Grohl pra trás das baquetas e ainda conta com participações especiais de Andy Gill (Gang of Four), também produtor do álbum, e dos ex-baixistas Youth e Paul Raven. Não há muito o que falar, só ouvir. O melhor álbum de metal de 2003, provando que Grohl deveria ser acorrentado pra sempre atrás do seu drum kit e que Jaz Coleman, com certeza, come areia antes de cantar. Minhas preferidas: Blood on Your Hands e Seeing Red.
Outkast - Speakerboxxx/The Love Below - Na verdade dois álbuns solos gravados por seus integrantes, Big Boi e Andre 3000, as almas perdidas mais loucas do hip-hop voltam, mais uma vez, acertando na medida. Tem algo de ruim pra se falar deles? Impossível. As diferenças entre um álbum e outro resumem-se à temática, um mais festeiro, outro centrado nas relações amorosas. Mas ouça a batida alegre de "Hey Ya", de Andre e pode-se ver a mesma vontade de festejar que em "The Rooster", de Big Boi. Ouça, mesmo que você ache que não gosta de hip-hop. Você pode se surpreender.
Numa época em que a cena alternativa está repleta de poseurs, sejam eles indies, punks, rockers, metaleiros, não importa, gente que só sai à noite pra se mostrar e ser visto, não dando a mínima para a música que estão ouvindo ou o público que divide o mesmo espaço físico com eles, é uma ingrata e triste notícia a decisão da direção da Bunker de limar dos sábados a Eletroboogie, do Edinho. Se assim querem perpetuar a burrice já existente, parabéns, vocês conseguiram.. Mas não há de ser nada, que a Eletroboogie é mais duradoura e já está aí há muito mais tempo do que a Bunker. Logo, logo, ela terá outro lar e aí sim seremos felizes de novo no sábado. Enquanto isso, hoje tem Festival Hutus no armazém n. 5 do Cais e sábado que vem, Loud! especial no MAM, com Guitar Wolf e Autoramas!! Jeto genelation!!!!!!
NO MEU PLAYER
em alta rotação nesta semana:
311 - Evolver - Uma de minhas bandas preferidas acabou de lançar seu melhor álbum desde Transistor, de 97. Deixando um pouco de lado as viagens de Soundsystem e From Chaos, eles retomaram o som pesado de riffs grudentos e continuam mostrando sua trademark inconfundível. Mudar pra quê?
Killing Joke - Killing Joke - A nova empreitada do KJ após sete anos de inatividade recrutou Dave Grohl pra trás das baquetas e ainda conta com participações especiais de Andy Gill (Gang of Four), também produtor do álbum, e dos ex-baixistas Youth e Paul Raven. Não há muito o que falar, só ouvir. O melhor álbum de metal de 2003, provando que Grohl deveria ser acorrentado pra sempre atrás do seu drum kit e que Jaz Coleman, com certeza, come areia antes de cantar. Minhas preferidas: Blood on Your Hands e Seeing Red.
Outkast - Speakerboxxx/The Love Below - Na verdade dois álbuns solos gravados por seus integrantes, Big Boi e Andre 3000, as almas perdidas mais loucas do hip-hop voltam, mais uma vez, acertando na medida. Tem algo de ruim pra se falar deles? Impossível. As diferenças entre um álbum e outro resumem-se à temática, um mais festeiro, outro centrado nas relações amorosas. Mas ouça a batida alegre de "Hey Ya", de Andre e pode-se ver a mesma vontade de festejar que em "The Rooster", de Big Boi. Ouça, mesmo que você ache que não gosta de hip-hop. Você pode se surpreender.
quarta-feira, novembro 05, 2003
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